Nas entranhas de uma noite sem fim, um casarão isolado manifesta-se como um monumento ao desejo e à perdição. Seus corredores exalam o perfume adocicado da morte, e as paredes, cobertas por veludo escuro, parecem sussurrar nomes esquecidos. Mas o que isso quer dizer?
A mansão vive, pulsa, e se alimenta do medo daqueles que ousam cruzar seu limiar. O desejo e o terror andam lado a lado, e quem se perde em seus cômodos descobre precocemente que o perigo verídico não está nas criaturas que espreitam, mas na sedução cativante de Carmilla.
Nas sombras que balançam sob a luz palpitada das velas, um chamado ecoa para os híbridos, almas divididas entre o mundo dos vivos e o fascínio do abismo. O palacete aguarda, faminto por presenças que ainda ousam sentir. Passar nos salões é aceitar o convite do desconhecido.
Entre cortinas de veludo e sussurros de almas antigas, há uma certeza: quem adentrar neste domínio jamais sairá o mesmo. A lua observa, Carmilla desperta, e a caçada, enfim, instaura. Os híbridos que se entregarem à noite descobrirão o real poder que habita naquelas paredes.